o eu não se encontra, se (des)constrói o eu não se encontra, se constrói o eu não se encontra, se (re)constrói o eu não se encontra, se (des)constrói o eu não se encontra, se constrói o eu não se encontra, se (re)constrói

O que é psicoterapia?

Nesse processo, um ambiente seguro, acolhedor e livre de julgamento é ofertado para que o paciente possa expressar a si mesmo de forma autêntica e entrar em contato com seus dilemas. Decurso significa percorrer uma distância em dado período de tempo – e é isso que a terapia é: um percurso que possibilita ao paciente deslocar da posição subjetiva na qual se encontra e que o faz sofrer. Por meio da fala do paciente, o psicoterapeuta escuta para além do que é dito, atentando para texto, contexto e subtexto; para o que está nas linhas e nas entrelinhas. Por meio de questionamentos, pontuações e intervenções, a psicoterapia cria condições para que o paciente possa se (re)conhecer e construir novas possibilidades.

A vida, por vezes, é como um labirinto.
Becos sem saída. Obstáculos. Monstros.
Andar e andar,
sem sair do lugar.

No mito de Ariadne… Minos, rei de Creta e pai de Ariadne, impõe a Teseu, o herói por quem Ariadne se apaixona, adentrar o labirinto, enfrentar o Minotauro que nele habita e ser capaz de sair dele como condição para casar com sua filha. Ariadne presenteia o amado, então, com um fio capaz de guiá-lo de volta ao exterior. Munido de sua espada e do fio, Teseu enfrenta o monstro, atravessa o labirinto e encontra uma saída. A terapia é também uma travessia. Para superar e “sair do outro lado”, antes é preciso atravessar. Alinhavando teoria e técnica, um fio vai sendo tecido na relação paciente-terapeuta que, tal qual o de Ariadne, permite ao paciente saber de onde veio e forjar um caminho adiante. Como disse o poeta Fernando Pessoa, “é tempo de travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”.

Como saber quando é hora de buscar psicoterapia?

Tristeza, medo, raiva, cansaço…. são todas emoções que compõem a experiência humana. Inclusive, evolutivamente são importantes recursos, pois comunicam algo à pessoa que os sente que pode, então, agir de acordo com essa informação. Por exemplo, o medo de algo pode indicar perigo e levar a uma conduta de avaliação dos riscos e prudência.

Quando, então, é que nossas emoções deixam de ser um recurso e tornam-se um problema, e é hora de buscar ajuda? Vale a pena considerar alguns pontos:

  • A intensidade: a relação entre emoção ou reação diante do estímulo que a causou é desproporcional. Claro, todos temos dias ruins, mas quando isso ocorre com frequência pode ser indicativo de que  por trás daquilo que aparentemente despertou a emoção,  tem mais coisa!

  • Estar preso: por vezes, ficamos presos ao passado, ruminando situações e emoções  que não nos permitem estar no presente ou nos projetar no futuro. Outras vezes, ficamos acelerados ou tão preocupados e ansiosos que estamos sempre no futuro e esquecemos da nossa história e de desfrutar do presente.

  • A persistência: a emoção despertada por uma situação persiste muito tempo após o fim daquela situação. Às vezes um estado de humor ou emoção perdura por tanto tempo que fica difícil identificar o que foi que a ocasionou. O peso de algo está intimamente relacionado com o tempo que se carrega algo: carregar uma mesma mochila durante cinco minutos ou cinco dias é uma experiência inteiramente diferente. A persistência pode indicar que há algo que precisa ser elaborado.

  • A rigidez: muitas vezes nos vemos repetindo padrões, sem saber fazer diferente. Se sentir ofendido e partir para o confronto pode ser importante quando alguém grita com você, mas se esse grito é para lhe alertar de que a casa está pegando fogo por exemplo, pode ser que não. Reagir sempre do mesmo modo pode indicar um gatilho a ser compreendido. Agir e reagir não são a mesma coisa.

  • Os prejuízos: pode ser que determinadas emoções sejam tão dolorosas de se experienciar que estratégias de defesa (em grande parte inconscientes) são usadas para evitá-las ou lidar com elas. Muitas vezes, essas estratégias que podem ter sido úteis em determinado momento, acabam por gerar mais sofrimento.

  • O nível de sofrimento: ter emoções faz parte da experiência humana. E não só as emoções “positivas” são importantes. Contudo, por vezes, as emoções ocasionam um nível de sofrimento para além daquele que se é capaz de processar.

Se você identifica um ou mais desses indícios, pode ser que seja hora de começar um processo psicoterápico.  Esse processo possibilitará desenvolver uma maior compreensão daquilo que te determina para além do que está consciente. Juntamente com o terapeuta, em um ambiente seguro e acolhedor, por meio de questionamentos e intervenções, é possível ressignificar o que lhe aconteceu e o que lhe acontece.

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Rafaella,

Graduada em psicologia;
mestre  em direitos humanos;
eterna estudante de psicanálise.

Atuação em políticas públicas de saúde para a população em situação de rua e de saúde mental, aliada à vivência como psicoterapeuta, resultaram numa visão crítica dos processos de adoecimento psíquico e um cuidado eticamente comprometido.

 

A vivência como expatriada por mais de seis anos, na primeira infância em Edimburgo, onde foi alfabetizada em inglês, e em Oxford na adolescência, assim como os estudos em uma escola internacional e multicultural, aliadas ao atendimento de pessoas de diferentes nacionalidades e em diferentes lugares do mundo favoreceram o desenvolvimento de uma sensibilidade às diferenças e uma escuta atenta às nuances culturais que marcam a história de cada um.

 

O constante envolvimento em eventos científicos, em pesquisa e na produção e formalização do saber, inspiram um fazer criativo, autoral e artesanal, feito sob medida para cada um que busca psicoterapia.

Trajetória

Metodologia

A abordagem utilizada nos atendimentos é a psicanálise, em especial os ensinos teóricos- clínicos de Freud e Lacan. Esta abordagem baseia-se na premissa de que há algo para além daquilo que nos é consciente e que nos determina: o inconsciente. Como reflete a célebre frase de Freud: “o eu não é senhor na sua própria casa”, o que se vê e o que se ouve são efeitos. A análise é um processo de exploração das formações inconscientes e tem como objetivo criar um espaço em que o paciente possa se escutar e se (re)conhecer, a fim de que possa traçar para si um novo destino.

Modalidades
Presencial

Na modalidade presencial, o terapeuta oferece um ambiente físico seguro e acolhedor onde as sessões serão realizadas.

Online

Esta modalidade permite romper com os limites impostos pela distância geográfica e oferece grande praticidade; especialmente quando o deslocamento pode ser difícil ou inviável. É necessário apenas dispor de uma boa conexão de internet, câmera, e um ambiente que ofereça privacidade; em que o paciente sinta-se confortável para realizar suas sessões.

 

 

*Psicóloga devidamente cadastrada e autorizada a realizar sessões on-line pelo Conselho Federal de Psicologia

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